segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O Pequeno Príncipe e as descobertas do menino!

O livro o Pequeno Príncipe foi um dos primeiros livros que li na adolescência. Os livros sobre Química, Física, Matemática e alguns outros não contam (risos!)! Acho que tinha uns 15 anos. Estava na biblioteca da escola pública do qual me formei e aquele ambiente dito como BIBLIOTECA me parecia um lugar místico. Era uma variedade de cores, títulos, temas e quantidade de páginas. Havia também uma variedade imensa de tipos e cores de letras impressas na capa dos livros e que nada se comparava com as minhas letras no meu caderno, inclusive, minha professora de Português insistia para eu usar um ‘caderno de caligrafia!’ “Minha letra era horrível!” (risos!)

Meus colegas entraram naquela biblioteca e eu entrei depois. Estava tímido, afinal, aquele universo não fazia parte da minha realidade. “Que universo estaria ali escondido naquele ambiente que guardava milhares de folhas?”

Finalmente entrei. No meu lado direto tinha uma prateleira com uns nomes de autores e títulos estranhos, como: Memórias Póstumas de Brás Cubas de um tal de Machado de Assis. Abri esse livro é estava escrito: “ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas Memórias Póstumas”. Fiquei com medo e fechei rápido o livro! Só anos mais tarde tive a coragem de abrir de novo o livro (risos!)! Não era tão assustador quanto imaginava!

Passos depois, encontro um cara que se chamava Carlos Drummond de Andrade. Conhecia Carlos Henrique, Carlos Eduardo, Carlos Alberto mas Carlos Drummond nunca havia ouvido falar. Confesso que achei que o nome dele estava escrito errado, até então, havia aprendido que o “M” vem antes de “P” ou “B” e ele tinha 2 “Ms” no nome (risos!)! Na página do livro dele que abri continha:

No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Ele podia até ter um “M” a mais no nome, mas suas frases tinham sonoridade, ritmo, estética, emoção. Minha professora me explicou então o que era poesia e poema: poesia é tudo aquilo que comove, que sensibiliza e desperta sentimentos. É qualquer forma de arte que inspira e encanta, que é sublime e bela”.

Já estava quase acabando a aula e eu continuava explorando aquele “mundo novo”. Olho para o lado direito e vejo a fotografia de um cara que usava chapéu, óculos redondos e um bigodinho estiloso. Ele se chamava Fernando Pessoa. Abro um de seus livros em uma página qualquer e fico fascinando com o que estava escrito:

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

 O tempo da biblioteca acaba! “E quanto ao Pequeno Príncipe"? Você deve estar se perguntando! Descobri que ele está sempre por aí, escondido bem pertinho de você! Duvida? “Ouça a história e depois me diga se o encontrou! Caso não o encontre peça ajuda a uma criança!"



Referências

Poemas de Fernando Pessoa <http://www.revistabula.com/522-os-10-melhores-poemas-de-fernando-pessoa-2/>  Acesso em: 04 de jan. 2016

Poemas de Carlos Drummond de Andrade <http://www.revistabula.com/391-os-dez-melhores-poemas-de-carlos-drummond-de-andrade/>  Acesso em: 04 de jan. 2016

Significado: poesia  < http://www.significados.com.br/poesia/>  Acesso em: 04 de jan. 2016


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