domingo, 17 de janeiro de 2016

7 passos para a mudança interior e comportamental

Na atual Era do Conhecimento e da Informação do qual estamos vivendo, as palavras de ordem envolvem “mudanças constantes”, onde esta é uma das nossas certezas.  Em outras palavras, a identificação e a atitude frente à necessidade reconhecida de mudarmos ou buscarmos determinadas habilidades ou competência são fundamentais.

Uma dessas habilidades e competências envolve promover mudanças internas significativas, como por exemplo, às relacionadas aos seus paradigmas e crenças.

Por trás dos comportamentos e hábitos estão suas crenças e paradigmas. Assim sendo, você pode estar repetindo comportamentos improdutivos e nem perceber o quanto isso está impactando seus resultados, seja no campo pessoal ou profissional. A questão que surge então é: como aumentar a consciência dessa necessidade de mudar os seus paradigmas?

Daniel Goleman, por meio das práticas de desenvolvimento da inteligência emocional (IE), lança luz à questão. De forma complementar, o Coaching também possui técnicas e metodologias de mudanças comportamentais extremamente úteis, das quais envolvem 7 passos:

1 Identificação: definição de quais (ou qual) competências são necessárias para atingir determinado objetivo ou meta ou quais comportamentos estão te prejudicando de alguma forma.

2 Entendimento: aqui envolve o grau de motivação para desenvolver e praticar a competência desejada em detrimento do comportamento indesejado. Uma das perguntas que podem ser feitas é: “o quanto essa competência é importante para mim e qual é o meu nível de motivação para persegui-la?”

3 Assessment: envolve uma autoanálise, podendo ser informal ou formal. Este último é um conjunto de perguntas estruturadas por um profissional (ex: coaching) que permite saber o “grau que você tem, atualmente, de determinada competência”. Em outras palavras, “mede a distância entre a sua competência atual e a desejada”. Há livros e palestras que promovem esse tipo de abordagem.

4 Aquisição: nesta etapa espera-se que já tenha definido “o que”, o “quanto” e “por que” precisa desenvolver determinada competência, logo, aqui será definido “o como você vai desenvolver”.

5 Experimentação: é praticar, exercitar, demonstrar por meio de comportamentos a nova competência adquirida.

6 Prática: é o exercício consciente de modo a aperfeiçoar os comportamos corretos e melhorar os outros continuamente, se aperfeiçoando constantemente na competência, bem como incorporando outros comportamentos fruto de crenças fortalecedoras.

7 Aplicação: depois dá prática consciente e intensa, é necessário identificar e aproveitar as oportunidades para aplicar as competências desenvolvidas, extraindo dessa forma, certa vantagem pessoal e ou profissional.

A parábola a seguir, que é um reflexo de um experimento, reflete bem o nosso comportamento de “repetir padrões ou crenças” que impactam de forma negativa nos nossos resultados e nem nos damos conta:


Em um zoológico bem cuidado de uma pequena cidade havia animais comuns: raposas, saguis, tamanduás, hienas, guarás, araras, tamanduás, tucanos, pavões, curiós…Um lugar calmo e perfeito para a vida daqueles animais.

Bem no centro daquele paraíso havia uma jaula onde "moravam" cinco macacos. Ali eles podiam ter uma ampla visão do jardim e dos demais animais. A comida e a água eram suficientes e até tinham um cantinho macio onde podiam descansar. Sobrava espaço para as muitas brincadeiras. Enfim, um paraíso na Terra! Eles estavam sempre alegres, bem-dispostos, com ótimo humor.

Entretanto, bem no meio da jaula, pesquisadores colocaram uma escada e, em cima dela, um cacho de bananas. Para os macacos, aquela visão era bem atraente: frutas maduras, cheirosas e sedutoras. A todo instante paravam as brincadeiras para olhar para cima. Aquilo, sim, era uma tentação! Então eles salivavam subir pela escada para tirar uma única banana…Ah! Que tentação…Mas só pensavam…Logo, logo voltavam à rotina de brincadeiras.

Todas as vezes que um deles, furtivamente, começava a subir a escada, os observadores, do lado de fora, lançava jatos de água fria, propositadamente sobre os outros macacos. Então, o "traidor" era censurado pelo grupo, que gritava para ele não mais repetir aquilo. Afinal, qualquer um que ousasse subir decretava a punição dos demais: jatos de água eram jogados sobre os que estavam embaixo. Por isso, ninguém naquela jaula se arriscava a pegar uma única banana. Com o tempo, nenhum deles subia mais a escada, embora a tentação pelas bananas fosse muito grande. Aquele que fosse apanhado na tentativa terminava apanhando dos outros.

Depois de algum tempo, um dos macacos foi substituído por um novato. Assim que ele chegou, lançou-se escada acima. Resultado: levou um monte de cascudos dos demais e nunca mais tentou subir.

Passando algum tempo, substituíram outro veterano por outro novato, que também tentou subir a escada e apanhou dos demais, inclusive do que havia chegado um pouco antes dele.

Acabaram substituindo cinco veteranos por cinco novatos, e nenhum deles subia a escada. Depois de muita especulação, muito sutilmente, um dos novatos perguntou:

– Ei, amigos, por que não podemos subir pela escada e pegar as bananas?
Todos olharam surpresos para ele e responderam quase em uníssono:
Nós não sabemos, mas aqui sempre foi assim: se subir, apanha!



Referências

          MATTA, Villela da; VICTORIA, Flora. Personal & Professional Coaching: livro de metodologia. São Paulo: SBCoaching Editora, 2014.
          Mundo interpessoal <www.mundointerpessoal.com/2013/08/fabula-motivacional-os-macaquinhos-na-jaula.html> Acesso em: 17 de jan. 2016
     Experimento 5 macacos <https://www.youtube.com/watch?v=ZAQtwFpkksw> Acesso em: 17 de jan. 2016



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