terça-feira, 26 de julho de 2016

4 etapas para atingir metas e objetivos

Coaching consiste em um processo de co-criação de novas possibilidades envolvendo “SER” e “FAZER” para dessa forma, "TER".  Ou seja, é uma dinâmica onde um facilitador (coach) promove no seu coachee (cliente), por meio de processos e técnicas, a autoconsciência, a autoimagem, a percepção de valores pessoais e o estabelecimento de metas claras. Ainda, o inventário de competências e recursos necessários para atingir tais metas e, sobretudo, a elaboração e ações práticas (plano de ação) que favorecerão a transformação pessoal pretendida pelo cliente. Tudo é feito em conjunto.
No processo de coaching o cliente é levado a buscar, a expandir e a desenvolver novos entendimentos, ampliando assim, suas alternativas de ações assertivas que impactarão positivamente nas suas realizações e conquistas, tanto no campo pessoal quanto no profissional.  Nas palavras de João Alberto Catalão e Ana Teresa Penin, ambos Master Coaches:
O coach não ensina, o Coach facilita a tomada de consciência, a identificação de potencial, a obtenção ou esforço da auto-estima, a definição de objetivos, a elaboração e monitorização de planos de ação para a performance do seu Coachee”.
Coaching é um “processo”, uma vez que possui procedimentos definidos; tem começo, meio e fim; e transcorre em determinado período de tempo, geralmente 10 encontros (sessões), embora possa variar para menos ou para mais a quantidade de sessões.                                                                           
Coaching então é uma jornada de análise, de reflexão, de desafio, de estratégia, de feedback e de operacionalização efetiva e objetiva, onde o cliente adquiri maior consciência do seu potencial, de seus talentos, das suas competências e das suas crenças (ou fatores) que o limitam no momento, e dessa forma, o cliente se torna mais apto a sair de uma “zona de conforto” e enfrentar os desafios que lhe apresentam.
Conforme pesquisas, o mercado de coaching anda em alta e com ligeiro crescimento contínuo. Conforme reportagem na revista EXAME, José Augusto Figueiredo, presidente no Brasil e vice-presidente na América Latina da LHH e Conselheiro da ICF, cita:
“Na América do Norte e Europa são 40 coaches em atividade para cada milhão de habitantes, segundo pesquisa do ICF. No Brasil, são 4 coaches para cada milhão de habitantes e a média mundial é de 7 por milhão”. Logo, “há espaço para o crescimento deste mercado”.
Já segundo o jornal Folha de S. Paulo, entre 2005 e 2011 o mercado de coaching registrou crescimento de mais de 200%. Tratando-se de coaching para executivos, a Sociedade Brasileira de Coaching ressalta que entre os executivos os números são ainda mais expressivos:
- 45% dos altos executivos já passaram pelo coaching e entre os CEOs 71%.
- 92% dos executivos que fizeram coaching pretendem fazer de novo. 
- No Brasil, o mercado de coaching também apresenta números promissores: 84% das grandes empresas usaram o coaching em seus treinamentos.


Levando em consideração o exposto, de forma a oportunizar ao leitor vivenciar uma determinada técnica do processo de coaching, convido-o para aplicar e responder as perguntas abaixo tendo em mente uma determinada “situação ou comportamento que queira mudar”, seja no campo pessoal ou no campo profissional. Caso o leitor prefira, imprima e use-a constantemente nas tomadas de decisões. A ferramenta de coaching que está relacionada às questões a seguir, que inclusive aplico com meus clientes, se chama G.R.O.W. Fiz algumas adaptações da ferramenta para o presente artigo.
O modelo G.R.O.W foi desenvolvido a partir do trabalho de Alexander e Whintmore. Esse modelo consiste na aplicação de 4 etapas e suas respectivas perguntas: 
1. Estabelecimento de um destino; definição de metas para curto e longo prazo (Goal):
- O que pretende atingir?
- Isso é positivo, desafiador e concretizável para você? Ou seja, defina a meta de forma específica, mensurável, alcançável, com sentido para você e ainda, defina prazo.
- Como saberá que atingiu sua meta? O que verá ou ouvirá ou sentirá ao atingir?
2. Identificação e verificação da realidade, do “sítio” que você se encontra; situação atual ou de onde vai partir (Realiy): 
- O que está acontecendo agora (o quê, quando, onde, como, quanto, com que freqüência)?
- Que resultados isso origina?
- O que está te impedindo de dar um passo a frente?
- Como se sente em relação a essa situação?
3. Exploração de caminhos, opções e estratégias de ações para conseguir chegar ao destino e metas definidas. Em outras palavras, o que pode ser feito (Options):
- Que opções tem para sair dessa realidade atual e caminhar na direção do seu objetivo pretendido?
- O que mais poderia fazer?
- O que é necessário (tempo, competências, habilidades, dinheiro, materiais, etc) para realizar as opções encontradas?
- Quais os benefícios e os custos das diferentes opções encontradas?
- Qual opção se sente mais à vontade e é mais razoável de realizar neste momento?
4. Plano de ação envolvendo o que deve ser feito, quando, por quem, por qual motivo, de que forma, em quanto tempo, outros (What/ Wrap Up):
-Frente a opções que escolheu, em que medida ela contribui efetivamente para tornar seu objetivo em realidade?
- O que deve ser feito? Quando? Por quem? Quais recursos (internos e externos)? Como vai mensurar as suas ações?
- O que irá fazer para obter apoio?
- Em que momento irá precisamente iniciar ou concluir cada um dos passos (etapas) para chegar no objetivo pretendido?
- Existe algum tipo de resistência em relação a cada um desses passos (etapas)? Caso sim, o que irá fazer para eliminar esses fatores (interno e ou externo)?
As perguntas foram adaptadas para este artigo, mas na prática, devido à interação entre o coach e o coachee, as perguntas são mais diretivas. Caso queria conhecer mais sobre o processo de coaching acesse:  Personal Coach Leandro Zavam.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Normose e mimimi: cuidado!


Marcus Saulnier largou 20 anos bem sucedidos na propaganda pra viver a vida que queria. Hoje ele atua como Coach de Alta Performance ajudando pessoas infelizes em seus trabalhos e carreiras a criarem uma vida com mais propósito e felicidade. Qual o modelo mental (mindset) e comportamentos que estão por trás dessa transformação? Leia o depoimento de Marcus a seguir:


Você acha que a política a economia e outros “mimimis” comuns, determinam os seus resultados. Se acha isso, viverá a mercê das circunstâncias e dos acontecimentos externos.

O que existe fora, interfere um pouco, mas não tem mais força e nem poder do que o que acontece dentro de você. É tudo uma questão de mentalidade (mindset).
Só existem dois tipos de Mindset: o da Riqueza e o da Pobreza.
 

Pessoas com o mindset pobre vão culpar tudo ao seu redor e de tão alienadas procurando culpar, não tem tempo de ver que o maior problema está na sua forma de pensar e agir e reagir ao que lhe acontece.

    Pessoas com o Mindset rico, não culpam nada, não reclamam de nada, estão focadas no seu desenvolvimento, crescimento pessoal e superação.
 

Pessoas de mentalidade pobre costumam chamar desenvolvimento pessoal de auto ajuda. É mais uma desculpa para não se desenvolverem e permanecerem na zona de conforto e pior, sem ajuda nenhuma. Nem auto e nem de ninguém.

Quem tem o mindset certo ao invés de perguntar " e se der errado?" pergunta "e se der certo?" ao invés de "por que?" pergunta "por que não?" O X da questão é que o Mindset da pobreza é inerente a nós, pela nossa cultura, educação e também porque nascemos no Brasil. Já o Mindset da Riqueza precisa ser criado, trabalhado e melhorado todos os dias.( Digo sempre aos meus clientes uma frase do ZIG Ziglar: motivação é como banho, tem que tomar todo dia). E esse é o motivo pelo qual muitas pessoas deixam de trabalhar o seu mindset: DÁ TRABALHO. Crescer, dá trabalho, aprender dá trabalho, se desenvolver dá trabalho. Buscar algo que se quer muito, que vale a pena, construir um sonho, dá trabalho.

Sei bem do que estou falando, fui publicitário por 20 anos, tive tudo o que quis da profissão. Ganhei prêmios, dinheiro, mas deu trabalho. (Cheguei ao Rio com uma lista telefônica na mão e 3 mil na carteira, mas essa história fica pra outro post). E 20 anos depois, quando vi que estava subindo a montanha errada, vi que a propaganda não valia mais a pena pra mim, tinha se tornado algo que eu não me orgulhava de fazer, que me afastava da minha família, dos meus valores principais, um deles é a liberdade, joguei tudo pro alto, mudei tudo de novo.

Comecei do Zero Absoluto, com dois filhos nos braços e uma mulher maravilhosa, que sempre me apoia, do meu lado. No meio da "CRISE... OOOHHH" em um dos piores anos do Brasil.(ooohhhh).

Deu Trabalho! Deu muito Trabalho, com T em caixa alta! E você não sabe da missa a metade. Em breve eu conto. Fui tachado de louco, alguns se afastaram. Isso vai acontecer com você se você decidir parar de seguir a manada. Pessoas abominam o que a mente delas próprias não consegue conceber, abominam o desconhecido. Não se desespere, elas estão se baseando na coragem e visão limitada delas, e não na sua, vá em frente. “Essas pessoas não sabem o que falam”. LEMBRE-SE: A ignorância é atrevida.  Nem seus pais precisam acreditar em você. Ponto.

E hoje, nem um ano depois, vivo uma vida completamente diferente da que tinha:
Não achava normal ficar 4 horas no trânsito. Hoje, trabalho em casa por skype. Não achava normal não participar do crescimento dos meus filhos. Hoje, participo de cada momento, levo e pego da escola se quiser. No home office espero eles chegarem da escola. Eles não me esperam mais chegar as 22:30 do trabalho. Não achava normal fazer algo que não me deixava mais feliz. 

Hoje sou feliz fazendo o que faço, deixo pessoas felizes com o que faço e sou muito mais bem pago por isso. Não achava normal ter alguém controlando meus dias, meu tempo, minha agenda.

Hoje, se eu quiser, eu pego a prancha e vou surfar, calço o tênis e vou correr, ou pego meu filhos e vou andar de bicicleta, e o melhor de tudo, posso fazer isso segunda as 3 da tarde.

Enfim, entre outras milhares de coisas, eu não achava nada daquilo normal.
Mas resolvi não me acomodar e não me acostumar com a maior ameaça que existe no Brasil hoje.

Não é a Dengue e nem o PT. Essa ameaça, essa doença chama-se Normose. O dignóstico da normose é muito simples, não precisa de médico, a gente mesmo pode detectar. Você foi infectado se pensa mais ou menos assim:

"tá uma merda, não é essa a vida que eu queria, mas é NORMAL, tá todo mundo assim…"

A Normose tem inúmeras variantes, e se você se identifica com a frase acima, talvez você tenha sido infectado.
Infectado pela TV, que quer te deixar Burro com os Big Brothers e Jornais Nacionais da Vida. infectado pelo colega que só reclama e fala de crise.  Infectado pelo Brasil, que é o pais das vítimas e da vitimização. Infectado pelo seu chefe que vive chorando miséria, infectado pelo jornal que vende desgraça e alienação, infectado por você mesmo, que insiste em se infectar. Agora uma notícia boa. A Normose tem cura.

Pra se curar dá um pouco de trabalho. (Pergunta como é que eu sei disso?) Mas na minha opinião, dá muito mais trabalho viver de uma forma que você não quer mais viver. Já que é pra ter trabalho, lute por algo que valha a pena para você e não para o seu chefe.

A cura da Normose é a mudança de Mindset, é a quebra dos padrões mentais que você tem e te trouxeram os resultados que você tem hoje (É sair do Mindset de escassez para o de abundância, e aqui, exatamente nesse ponto, você vai começar a descobrir quem você é.). A cura da Normose é você assumir a responsabilidade pela sua própria vida.

Eu vou ser bem sincero, nunca sofri dessa doença. Consegui muitas das coisas as quais me propus. E há cerca de 2 anos quando senti alguns dos sintomas que são: desânimo frustração, angustia e medo, eu me curei. Me pus a prova. De demissão em demissão. Descobri que não eram mais os lugares que tinham que mudar, era eu que tinha que mudar de lugar, mudar de papel no universo.

Não digo para você fazer o mesmo, talvez mais tarde você até faça, talvez não.
Só não deixe de agir movido pelo medo, no fim de tudo, a Normose é a doença,
  é o vírus mas o medo, é o mosquito, é o transmissor. Faça o que quiser, mas procure sua própria cura, vai valer a pena. 

Eu sei que você tem medo, que dê errado, eu sei que você tem medo que o dinheiro acabe, eu sei que você tem medo de ficar duro pra sempre, eu sei que você tem medo de não ter tempo, eu sei que você tem medo de não ser capaz (pergunta como é que eu sei disso!). Mas, vá lá faça e vença seus medos.Por você, pela sua família, pelos seus filhos, pelos seus sonhos. E depois que você vencer todos os seus medos, só depois disso você vai perceber, que a Zona de Conforto é o pior e mais desconfortável lugar para se estar e uma pergunta virá a sua cabeça? Por que eu não me curei antes?


Nota do autor: Eu não fiz esse texto para os céticos, para os incrédulos, esses sabem de tudo. Esses não acreditam nem vendo. Imagina lendo. Para você, se você chegou até aqui e só acredita vendo, lá embaixo vai o link (eu sendo entrevistado pelo maior Coach de Coachs do Brasil) que mostra como após 20 anos de propaganda, sem dinheiro no bolso, com 2 filhos no colo e 39 anos nas costas, eu escrevi minha vida de novo. Portanto meu amigo cético, não há desculpas para você. Você pode até ser cético, mas se não faz, é porque acredita em duas coisas: MEDO e PREGUIÇA.

Link para a entrevista: www.youtube.com/watch?v=C5Wf1mL5saQ

Um pouco mais de Marcus Saulnier: www.facebook.com/marcus.saulnier

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Desenvolvendo a autoestima: coaching e inteligência emocional

Nossos pensamentos e crenças influenciam nossos sentimentos, comportamentos e hábitos, como reflexos, nossos resultados. Para o coaching e para o Ph.D Paulo Vieira, “as crenças que você tem sobre si mesmo vão determinar desde o seu valor próprio até a sua autoimagem e todos os seus resultados e comportamentos” (Vieira, 2015). Sobre essa perspectiva que se torna necessário desenvolver o “SER” (quem se deseja ser) para depois o indivíduo “FAZER” e “TER”. Então o que acha de SER um indivíduo com uma autoimagem positiva e autoestima elevada para FAZER o que realmente deseja e desenvolver seus reais talentos, e como conseqüência, TER muito mais do que você tem hoje, ter mais paz, ter mais harmonia, ter mais saúde, ter melhores relacionamentos, ter mais dinheiro, ter mais tempo com a família...?
Seus resultados, que chamaremos de merecimento, é proporcional à qualidade de suas decisões e atitudes, entretanto, se a sua autoestima está baixa e você não tem uma crença positiva e fortalecedora da sua identidade pessoal, qual o ímpeto e energia dedicará ao fazer? Muito pouco, provavelmente!
Ainda para Paulo Viera, a autoestima envolve uma combinação de 3 crenças: “crença de identidade, que se refere ao ser (eu sou); a crença de capacidade, que se refere ao fazer (eu posso ou eu sou capaz); e finalmente a crença de merecimento, que se refere ao merecer (eu mereço)”(Vieira, 2015). Esses aspectos, para ele, vão determinar o quanto à pessoa se valoriza, sua autoimagem, o quanto acredita que pode aprender a fazer ou fazer algo, ainda, o quanto acredita que merece ser recompensada, elogiada ou merecer aquela vitória. 
Posso perceber, juntos aos meus atendimentos como coach, o quanto essa relação entre identidade, capacidade e merecimento faz toda diferença para o progresso dos  meus clientes (coachee), daí meu interesse pelo tema. Deparo com pessoas extremamente talentosas, mas que, no âmago dos seus pensamentos não “possuem crenças fortalecedoras a seu próprio respeito, não acreditam que podem ou que merecem algo melhor”. Há casos ainda mais críticos do quais é constituído uma equipe multidisciplinar envolvendo o coach e um psicólogo, por exemplo.
Outros especialistas em comportamento e coaches como Villela da Matta, Flora Victoria e Brian Tracy acrescentam e defendem o “autoconceito como o programa mestre da performance”, que ao meu ver é análogo aos princípios da inteligência emocional.
Autoconceito, para eles, é o conjunto de crenças, paradigmas e modelos mentais que você tem sobre si que refletem na sua percepção de mundo. “Ao longo dos anos, você absorveu uma complexa série de idéias, dúvidas, medos, opiniões, atitudes, valores, expectativas, esperanças, fobias, mitos e outras impressões entrelaçadas, incorporando-os na mente e os aceitando-os como verdadeiros. Essas são as instruções operacionais de seu computador subconsciente, as quais controlam tudo o que você diz, faz, pensa e sente. Na ausência de qualquer alteração deliberada de sua parte, você continuará a fazer, pensar, dizer e sentir quase as mesmas coisas indefinidamente”.  
O autoconceito é dividido em 3 aspectos:
Eu ideal: parte do seu eu ideal são seus objetivos e quem você gostaria de ser, determinando assim, em grande medida, o rumo que vai tomar na sua vida. “Qual é o seu ideal da melhor pessoa que poderia se tornar? Como você se comportaria diariamente se fosse essa pessoa? Fazer a si mesmo essas perguntas e então viver a vida de acordo com as respostas é o primeiro passo para compor sua imagem ideal,” ressaltam os estudiosos citados.
Autoimagem: é o que você pensa, sente e vê sobre si mesmo, como um “espelho interno”.  O que você pensa ao seu respeito gera comportamentos coerentes fazendo com que você se comporte de tal forma. Se você pensa que não é capaz é exatamente assim que agirá e se comportará. Assim sendo, se enxergue de forma diferente e terá comportamentos e atitudes diferentes, logo, seus resultados também serão diferentes.
Autoestima: pode ser definida como o quanto você gosta, aceita e respeita a si mesmo como uma pessoa de valor e digna. É ela que determina o seu grau de motivação, entusiasmo e energia direcionada à determinada ação. Quanto mais envolvido e concentrado com atividades diárias que te levem à “pessoa que gostaria de ser (eu ideal), maior será a sua autoestima.
Em outras palavras, “seu eu ideal é a pessoa que você mais quer ser, em algum momento no futuro. Ele determina a direção de sua vida, de seu crescimento e de sua evolução. Sua autoimagem, por outro lado, determina seu desempenho no presente, caracterizando a forma como se vê agora, hoje, neste momento. Sua autoestima é em grande parte determinada pelo relacionamento entre sua autoimagem e seu eu ideal, ou qual é seu desempenho nas atividades diárias em comparação com o desempenho se você fosse a melhor pessoa que poderia ser”. (Villela, Victoria, Tracy, 2014).
   Para melhorar a autoimagem e a motivação, o psicólogo e Ph.D Hendrie Weisinger (1997)  e o Ph.D Paulo Vieira sugerem algumas práticas. São elas:


ü  Pense positivamente (crenças e valores);
ü  Não tenha medo de errar  e não tenha medo do "não";
ü  Defina sua missão e propósito de vida;
ü  Alimente constantemente o cérebro com informações positivas e inspiradoras;
ü   Use afirmações motivadoras;
ü  Construa relacionamentos com pessoas positivas e maduras emocionalmente;
ü  Construa diálogos internos (com você mesmo) positivos;
ü  Desenvolva hábitos positivos por meio de treinamentos;
ü  Use imagens mentais positivas;
ü  Proponha-se metas importantes;
ü  Divida as atividades em pequenas tarefas e comemore cada vitória;
ü  Saia da situação de vítima e aja;
ü  Peça ajuda se for preciso.


 Agora reflita, qual a imagem você tem de você mesmo? Esses pensamentos têm te ajudado ou te impedido de buscar seus sonhos?

Referências
 BUTLER-BOWDON, Tom. 50 grandes mestres da psicologia. Trad: OK Linguistica. São Paulo: Universo do Livro, 2012.
VIEIRA, Paulo. O poder da ação: faça sua vida ideal sair do papel. 7 Ed. São Paulo: Editora Gente, 2015.
O`CONNOR, Joseph; SEYMOUR, John. Introdução à programação neurolinguística: como entender e influenciar pessoas. Trad: Heloísa Martins-Costa. Ed. 5. São Paulo: Summus, 1995.
MATTA, Villela da; VICTORIA, Flora. Personal & Professional Coaching: livro de metodologia. São Paulo: SBCoaching Editora, 2014.
MATTA, Villela da; VICTORIA, Flora. TRACY, Brian. Estratégias avançadas de vendas. São Paulo: SBCoaching Editora, 2014.


Qual o tamanho da sua linguagem?

Fui um menino tímido ao longo da minha formação escolar, do primário até o ensino médio. Perdi a conta de quantas vezes deixei de fazer perguntas aos professores por vergonha, ou até mesmo transitar livremente no pátio da escola movimentada com receio de que alguém risse de mim por algum motivo. “Bobo e simples, né”? Pois é! O tímido sempre acha que todos estão vigiando-o e por qualquer motivo alguém rirá dele deixando-o ainda mais consternado. Além disso, a falta de destreza em comunicação social, na maioria das vezes, tende a deixar o tímido ainda mais fechado em si, agoniado por não conseguir se expressar, falar o que sente e pensa.

Contundo, não tenho a pretensão de exaltar um tipo de personalidade ou comportamento em detrimento do outro, dizendo que precisamos ser expansivos e extrovertidos em detrimento de sermos introspectivos e mais contidos. A questão que se apresenta é provocar você a refletir sobre comunicação, linguagem e leitura em seus contextos sociaise sobre tudo, te incentivar a se desenvolver em termos de comunicação se colocando assim, de forma mais segura e confortável nos desafios das interações. Desenvolver-se nessas competências não é um fim em si mesmo, é uma jornada contínua. Eu continuo na minha jornada e até escrevo e palestro (risos!).

Voltando a minha breve história pessoal, quando me dei conta do quanto a falta de habilidade em comunicação me tolia de oportunidades, tomei a atitude de buscar um repertório maior em termos de comunicação, era a solução que via naquele momento para amenizar meu dilema, e esse repertório envolveu uma coleção de folhas de papel, ordenado e reunidas cujos seus dorsos são recobertos por uma capa resistente, ou em outras palavras, encontrei os livros impressos para me ajudarem (risos!).

Passando muito brevemente pela história, desde as pinturas nas cavernas (rupestres), passando pelos primórdios da fala e escrita até chegar na língua como sistema organizado de signos, os conceitos de linguagem, leitura e comunicação tomaram novas dimensões e complexidade, inclusive se valendo de outras área do saber.


Tranto-se de leitura, esta extrapola o sentido de leituras de livros, artigos,  revistas e jornais, a professora, pesquisadora e coordenadora da Cátedra Unesco de Leitura do Brasil, também idealizadora do Programa Nacional de Leitura (Proler) Eliana Yunes (PUC-Rio) cita:

 “Quem não lê não é capaz de escrever, em que língua seja. E não somente nas línguas chamadas naturais, mas também subsistemas e códigos como os do corpo, na dança; do traço e do volume no espaço, pintura, escultura, arquitetura; do enquadramento do olho na fotografia, no cinema e ainda sob linguagens mais insuspeitas como as do vestiário, da publicidade, do traço das cidades, do comportamento social” (Yunes, 2003).

De forma complementar, a escritora, professora, pesquisadora e Doutora em Letras (PUC-Rio) Valéria Pereira comenta que o letramento cultural, este vai além dos muros das escolas envolvendo a oralidade passando pela leitura-escrita de múltiplas linguagens, contribui significativamente para a formação do indivíduo em termos de identidade, de uma assinatura neste mundo que implica “este sou eu” (Pereira; Ponciano, 2012).

Ainda, a Doutora Valéria, ao se referir à leitura, logo, a linguagem, envolvendo por sua vez o contexto de empresas e partindo da conceituação dada por ela e pela pesquisadora Eliane Yunes, salienta que:

Não é possível desvincular nenhuma atividade da linguagem, nas suas diversas modalidades, pois ela se inscreve nas seqüências de ações com que se concretizam todas as tarefas. Também é inquestionável o importante papel que a linguagem desempenha para o desenvolvimento das competências, sejam tácitas, interpessoais ou técnicas dos colaboradores, ou seja, ela está envolvida em todos os processos empresariais e nos diferentes níveis hierárquicos” (Pereira, 2015).

Sobre a perspectiva da ampliação do conceito de leitura trazida pelas prestigiadas professoras e pesquisadoras citadas, estamos o tempo todo lendo, palavras, textos, comportamentos, signos, enfim, linguagens verbais e não verbais. Já parou para pensar, por exemplo, o que o seu corpo fala? Quando seu amigo está com a cabeça baixa, costas arquiada, olhar perdido e um semblante sério, que leitura você faz dele? Que leitura você faz de si mesmo quando seu coração dispera e um incômodo surgi na região do estômago um pouco (normalmente e para alguns) antes de uma prova? Seu corpo fala!

Já que as leituras são múltiplas, como reflexo, as linguagens também o são. Então, o conceito de comunicação e linguagem vai além da fala e da escrita:

“Linguagem é qualquer sistema de signos que sirvam à comunicação entre os homens. Os signos podem ser visuais, sonoros, gestuais, corporais, fisionômicos, escritos ou vocais. A linguagem articulada que reúne os signos vocais e escritos constitui a língua [...]” (Teixeiras, 2007). 

Por fim,estudiosos da Comunicação Empresarial, ressaltando ainda mais a importância da comunicação, linguagem e leitura nos vários contextos, tanto sociais quanto profissionais, advertem que “embora a linguagem verbal seja a mais importante de que se utiliza o homem, a não verbal é largamente usada e não destituída de relevância, como gestos, posturas, cores, vestuário” (Medeiros; Tomasi, 2010).

O tamanho de nosso mundo tem a extensão de nossa linguagem. Ler é mais que decifrar códigos, é compreender o sentido das coisas e do mundo, e suas significações” (Yunes, 2003).

Desenvolver essas competências reflete positivamente em vários aspectos da sua vida, tanto pessoal quanto profissional, inclusive na relação sua com você mesmo e no aperfeiçoamento de comportamentos mais produtivos. 

Bibliografia
PEASE, Barbara; PEASE, Allan. Desvendando os segredos da linguagem corporal. Trad: Pedro Jorgensen Junior. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
TEIXEIRA, Leonardo. Comunicação na empresa. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.
TOMASI, Carolina; MEDEIROS, João Bosco. Comunicação empresarial. 3º Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010.
PEREIRA, Valéria. Projeto Aprendendo a aprender: encontros para o (auto) desenvolvimento – Círculo de Leitura, 2015.

YUNES, Eliana; OSWALD, Maria Luiza (Org.). A experiência da leitura. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
Ascom entrevista: Eliana Yunes. Disponível em: <www.uneb.br/2015/11/04/ascom-entrevista-eliana-yunes-puc-rj-coordenadora-da-catedra-unesco-de-leitura> Acesso em: 27 de jan. 2016.

Entrevista: Eliana Yunes. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=BaRcm44vK9ka> Acesso em: 27 de jan. 2016.


domingo, 17 de janeiro de 2016

7 passos para a mudança interior e comportamental

Na atual Era do Conhecimento e da Informação do qual estamos vivendo, as palavras de ordem envolvem “mudanças constantes”, onde esta é uma das nossas certezas.  Em outras palavras, a identificação e a atitude frente à necessidade reconhecida de mudarmos ou buscarmos determinadas habilidades ou competência são fundamentais.

Uma dessas habilidades e competências envolve promover mudanças internas significativas, como por exemplo, às relacionadas aos seus paradigmas e crenças.

Por trás dos comportamentos e hábitos estão suas crenças e paradigmas. Assim sendo, você pode estar repetindo comportamentos improdutivos e nem perceber o quanto isso está impactando seus resultados, seja no campo pessoal ou profissional. A questão que surge então é: como aumentar a consciência dessa necessidade de mudar os seus paradigmas?

Daniel Goleman, por meio das práticas de desenvolvimento da inteligência emocional (IE), lança luz à questão. De forma complementar, o Coaching também possui técnicas e metodologias de mudanças comportamentais extremamente úteis, das quais envolvem 7 passos:

1 Identificação: definição de quais (ou qual) competências são necessárias para atingir determinado objetivo ou meta ou quais comportamentos estão te prejudicando de alguma forma.

2 Entendimento: aqui envolve o grau de motivação para desenvolver e praticar a competência desejada em detrimento do comportamento indesejado. Uma das perguntas que podem ser feitas é: “o quanto essa competência é importante para mim e qual é o meu nível de motivação para persegui-la?”

3 Assessment: envolve uma autoanálise, podendo ser informal ou formal. Este último é um conjunto de perguntas estruturadas por um profissional (ex: coaching) que permite saber o “grau que você tem, atualmente, de determinada competência”. Em outras palavras, “mede a distância entre a sua competência atual e a desejada”. Há livros e palestras que promovem esse tipo de abordagem.

4 Aquisição: nesta etapa espera-se que já tenha definido “o que”, o “quanto” e “por que” precisa desenvolver determinada competência, logo, aqui será definido “o como você vai desenvolver”.

5 Experimentação: é praticar, exercitar, demonstrar por meio de comportamentos a nova competência adquirida.

6 Prática: é o exercício consciente de modo a aperfeiçoar os comportamos corretos e melhorar os outros continuamente, se aperfeiçoando constantemente na competência, bem como incorporando outros comportamentos fruto de crenças fortalecedoras.

7 Aplicação: depois dá prática consciente e intensa, é necessário identificar e aproveitar as oportunidades para aplicar as competências desenvolvidas, extraindo dessa forma, certa vantagem pessoal e ou profissional.

A parábola a seguir, que é um reflexo de um experimento, reflete bem o nosso comportamento de “repetir padrões ou crenças” que impactam de forma negativa nos nossos resultados e nem nos damos conta:


Em um zoológico bem cuidado de uma pequena cidade havia animais comuns: raposas, saguis, tamanduás, hienas, guarás, araras, tamanduás, tucanos, pavões, curiós…Um lugar calmo e perfeito para a vida daqueles animais.

Bem no centro daquele paraíso havia uma jaula onde "moravam" cinco macacos. Ali eles podiam ter uma ampla visão do jardim e dos demais animais. A comida e a água eram suficientes e até tinham um cantinho macio onde podiam descansar. Sobrava espaço para as muitas brincadeiras. Enfim, um paraíso na Terra! Eles estavam sempre alegres, bem-dispostos, com ótimo humor.

Entretanto, bem no meio da jaula, pesquisadores colocaram uma escada e, em cima dela, um cacho de bananas. Para os macacos, aquela visão era bem atraente: frutas maduras, cheirosas e sedutoras. A todo instante paravam as brincadeiras para olhar para cima. Aquilo, sim, era uma tentação! Então eles salivavam subir pela escada para tirar uma única banana…Ah! Que tentação…Mas só pensavam…Logo, logo voltavam à rotina de brincadeiras.

Todas as vezes que um deles, furtivamente, começava a subir a escada, os observadores, do lado de fora, lançava jatos de água fria, propositadamente sobre os outros macacos. Então, o "traidor" era censurado pelo grupo, que gritava para ele não mais repetir aquilo. Afinal, qualquer um que ousasse subir decretava a punição dos demais: jatos de água eram jogados sobre os que estavam embaixo. Por isso, ninguém naquela jaula se arriscava a pegar uma única banana. Com o tempo, nenhum deles subia mais a escada, embora a tentação pelas bananas fosse muito grande. Aquele que fosse apanhado na tentativa terminava apanhando dos outros.

Depois de algum tempo, um dos macacos foi substituído por um novato. Assim que ele chegou, lançou-se escada acima. Resultado: levou um monte de cascudos dos demais e nunca mais tentou subir.

Passando algum tempo, substituíram outro veterano por outro novato, que também tentou subir a escada e apanhou dos demais, inclusive do que havia chegado um pouco antes dele.

Acabaram substituindo cinco veteranos por cinco novatos, e nenhum deles subia a escada. Depois de muita especulação, muito sutilmente, um dos novatos perguntou:

– Ei, amigos, por que não podemos subir pela escada e pegar as bananas?
Todos olharam surpresos para ele e responderam quase em uníssono:
Nós não sabemos, mas aqui sempre foi assim: se subir, apanha!



Referências

          MATTA, Villela da; VICTORIA, Flora. Personal & Professional Coaching: livro de metodologia. São Paulo: SBCoaching Editora, 2014.
          Mundo interpessoal <www.mundointerpessoal.com/2013/08/fabula-motivacional-os-macaquinhos-na-jaula.html> Acesso em: 17 de jan. 2016
     Experimento 5 macacos <https://www.youtube.com/watch?v=ZAQtwFpkksw> Acesso em: 17 de jan. 2016