quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Quais perguntas te movem?

Certa vez vi uma propaganda sobre o canal Futura que, se não me engano, dizia: “não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas”. Essa frase ficou na minha memória por anos. As crianças, por exemplo, constroem seu mundo (externo e interno) por meio das perguntas, da linguagem. Deveríamos aprender mais com elas sobre a “arte das perguntas” e não inibirmos seu espírito investigativo. Quando adulto essa arte nos faz falta.

Albert Einstein se perguntava: “COMO viajar na velocidade da luz? COMO criar uma equação matemática que traduzisse as Leis do Universo? O QUE é luz? QUAL a energia que ilumina as estrelas?” 

Suas perguntas realmente movem o mundo da física.

Sigmund Freud, por sua vez, teria se perguntado: “QUAL o significado dos sonhos? QUAL o sentido da vida?” Entre outras perguntas, claro. Fazendo perguntas aos seus pacientes, em especial sobre seus sonhos, Freud desenvolveu a ciência da Psicanálise por meios dos seus estudos sobre o inconsciente. Freud também se fazia inúmeras perguntas. 

Suas perguntas realmente movem o mundo do inconsciente.

Daniel Goleman, prestigiado cientista da inteligência emocional, se perguntava: “O QUE de fato influência no sucesso de um indivíduo? QUAL o papel das emoções na vida e nas decisões que as pessoas tomam? COMO a empatia influencia a qualidade dos nossos relacionamentos?” 

Suas perguntas realmente movem o mundo das emoções.

Sobre fazer boas perguntas o filósofo Sócrates (c.469 ou 470 a.C. -399 a.C) já nos alertava: “só sei que nada sei”. Para estudiosa Bernadette Siqueira ao citar o filósofo, “Sócrates simplesmente pergunta. Não ensina; quer aprender. Seu pensamento parece desprovido de conteúdo. Mas, se não há ensinamentos, ele propõe algo. Destruindo as respostas fáceis dos interlocutores, mostrar que o pensamento deve ser mais prudente. Se as RESPOSTAS saem FÁCEIS é porque a PERGUNTA FOI MAL FORMULADA, e APENAS CONTORNA O PROBLEMA”.

Em meio a todo esse contexto, convido ao leitor a se fazer as seguintes perguntas, perguntas essas proposta pelo Coach e Ph.d Paulo Vieira. “Está preparado? Essas perguntas moverão e criarão boa parte do seu mundo interior. Confesso que não serão perguntas fáceis!” (risos!)

ü  Qual tem sido a minha atitude diante da vida?
ü  Os resultados que tenho colhido na sua vida estão de acordo com o que eu gostaria de ver para mim mesmo?
ü  E quanto desses resultados se deve a minha falta de atitude e de autonomia?
ü  Quais áreas da minha vida me percebo na zona de conforto?
ü  Como será a minha vida se continuar, por ação ou por omissão, na zona de conforto?
ü  Que “historinhas” estão contanto para mim mesmo para justificar meus resultados insatisfatórios?
ü  Que “histórias” de sucesso quero criar no lugar das justificativas?
ü  O que está me impedindo de criar uma história de sucesso e realizações?
ü  Qual o plano de ação preciso fazer? (O que? Como? Quando? Onde? Por quê? Quais recursos?)

Faça suas melhores perguntas. A qualidade das perguntas serão fundamentais na sua jornada em busca das respostas.
Talvez ainda não tenha encontrado boas respostas porque não está fazendo as perguntas corretas.

Referências

Ph.D Paulo Vieira. O poder da ação. São Paulo: Editora Gente, 2015.

Bernadette Siqueira Abrão. História da filosofia: coleção pensadores. São Paulo: Nova Cultura, 1999.

Propaganda do Canal Futura. <https://www.youtube.com/watch?v=EVmejcPkkjI> Acesso em 30 de dez. 2015

Questione, descubra, mude. <https://www.youtube.com/watch?v=oP6GE5JM-pM> Acesso em 30 de dez. 2015

Documentário sobre Albert Einstein (dublado). <https://www.youtube.com/watch?v=UnSA27a00To> Acesso em 30 de dez. 2015
Documentário sobre Freud (dublado). < https://www.youtube.com/watch?v=-op3s6s-yw4> Acesso em 30 de dez. 2015

Entrevista Daniel Goleman (dublado). <https://www.youtube.com/watch?v=CXp_3YXFnsE> Acesso em 30 de dez. 2015

Paulo Vieira e o Poder da ação. <https://www.youtube.com/watch?v=BfHbemhKtCY> Acesso em 30 de dez. 2015





terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Sonhos, metas, conquistas... ou fracassos?

Sonhos, metas e objetivos são inúmeros para esse novo ano de 2016 que se inicia. Em meio aos abraços e beijos afetuosos, surgem brilhos nos olhos e promessas de que tudo será diferente! “Serei uma pessoa melhor, mais saudável, mais atlético, mais amigo, mais afetuoso, mais estudioso, mais profissional, menos estressado, menos ansioso! Também Terei  um novo carro, uma casa maior, mais dinheiro, um novo emprego, uma família mais harmoniosa, uma empresa, uma renda extra, enfim, mais do que ano anterior. Farei ginástica, dieta, amigos, uma faculdade, inglês, um curso de coaching e logo depois um de inteligência emocional. Farei uma viagem para conhecer aquele lugar, trabalho voluntário, enfim, entre outras coisas que preciso fazer! Esse ano (2016) agora vai!”  

O tempo passa rápido e quando percebemos o dia já acabou, depois a semana, o mês, o semestre, o ano.  Novamente nos damos conta do tempo... mas parte do seu tempo já se foi e você desperdiçou as oportunidades para caminhar em prol dos seus objetivos e sonhos. Faltou foco, planejamento, criatividade, estratégias, atitude e ação. “Querer” apenas não basta sem ação. Em seu livro Você é do tamanho dos seus sonhos, César Souza nos ensina:

Sonhos/ objetivos: primeira etapa do planejamento estratégico.

Hierarquize seus sonhos: ao relacionar os seus sonhos nas diversas áreas, você perceberá que alguns poderão alavancar os demais sonhos ou objetivos.

Mantenha o foco: ninguém nasce sortudo. A sorte é criada pelo comportamento de cada um. Viva seus sonhos intensamente e mantenha o foco.

Tenha uma estratégia clara: transforme sonhos em projetos. Transforme projetos em ação. Ter projetos implica incluir os recursos necessários para atingir seus sonhos, que por sua vez, envolve responder: quem, como, onde, com quem, quanto, em que tempo. Em outras palavras, é ter um Plano de Ação, conforme se diz na Administração. Bons sonhos e metas devem ser específicos, mensuráveis, alcançáveis e relevantes para quem o persegue, no caso, você.

Sonhe junto com outras pessoas: Como cantava Raul Seixas: “sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade”. Envolva as pessoas, mas não se estranhe se tiver que trabalhar sozinho em alguns momentos.

Passe para o papel: ao escrever, você organiza as informações, as estratégias e as ações de cada passo. Fragmente o sonho em metas seqüenciais.

Celebração: celebre as pequenas vitórias, cada meta conquistada. É uma ótima fonte de motivação.

Responsabilidades: não coloque a culpa nos outros e não busque explicações simplórias se não estiver atingindo os resultados desejados. Seja o capitão da sua vida assumindo a direção.


Para alguns leitores, talvez, a palavra “sonho” pode ter uma conotação de ingênuo, superficial, raso. Assim sendo, de modo a contar a mesma história por um outro ponto de vista, OG Mandino em seu livro A Universidade do Sucesso ressalta as “10 causas mais comuns do fracasso”:

1 Culpar os outros inteiramente pelo seus fracassos;
2 Não se faça de vítima ou perca tempo se culpando. Encontre alternativas ao invés de culpados;
3 Não ter objetivos;
4 Escolher objetivos errados e persistir neles;
5 Não pegue atalhos. “Se fosse fácil todo mundo teria e/ou seria”. Dedique-se com afinco e tenha resistência;
6 Escolher a longa estrada. Modele e aprenda com as pessoas que chegaram lá;
7 Negligenciar pequenas coisas. As vezes essa pequena coisa corresponde a 80% do resultado (regra 20/80);
8 Desistir cedo de mais. Grandes feitos e talentos se deram ao longo de anos e de muitos erros e acertos;
9 Se prender às lembranças do passado;
10 Se iludir com o sucesso.

Sucesso ou fracasso? Só você pode responder!
Mude a forma de pensar e as ações que os resultados também serão diferentes!


Referências

Adriana Marques; Beto Pinheir et al.,Bíblia do Coaching: visão geral. (Org) Fernando Viel.Goiânia: Kelps,  2014.

Villela da Matta; Flora Victoria. Livro de atividades Personal & Professional Coaching®. São Paulo: Sbccoaching Editora, 2012.

OG Mandino. A universidade do sucesso. 6 Ed. Rio de Janeiro: Record, 1994.

César Souza. Você é do tamanho dos seus sonhos. São Paulo: Editora Gente, 2003.


Mente, comportamento e resultados: o que pediria para o gênio?


Certa vez li, não me lembro onde, “que a mente opera milagres”. Confesso que na época, eu lá com meus “16 poucos” anos, não dei muito valor à frase, embora a mente já me fascinasse de alguma forma, não só pela sua complexidade, mas também em função das suas potencialidades e mistérios.

Estudos sobre a mente têm tornado-se cada vez mais sofisticados.  Estudos da Psicologia Cognitiva, da Psicologia Social, da Psicologia Positiva, da Psicologia do Desenvolvimento, entre outras ciências correlatas, cada vez mais estão se popularizando e nos ajudando a compreender às dinâmicas do processo de memorização, percepção, filtros, linguagem, papel das emoções, dos pensamentos positivos, enfim, dos processos complexos da mente e seus reflexos nos nossos comportamentos, nas nossas motivações, nos nossos relacionamentos e, sobretudo, nos nossos diálogos internos e nas nossas percepções do que acreditamos ser realidade.

Virgílio Vasconcelos Vilela por meio de uma parábola nos fez refletir sobre o tema, que por sua vez vai ao encontro dos estudos de NapoleonHill, pelo menos na minha interpretação e história. O que acham? (risos!)

“Aladim caminhava por uma viela estreita e escura quando um cálido brilho no chão chamou sua atenção. Aproximando-se, viu que era uma lâmpada. Estava a olhá-la por vários ângulos quando viu sob a poeira algo que parecia ser algum escrito. Passou a mão no local e subitamente uma grande luz branca começou a surgir do bico da lâmpada. Aladim assustou-se e deixou cair a lâmpada, enquanto uma grande forma humana masculina ia se formando no espaço antes vazio. Ao invés de terminar em pés, suas pernas se afunilavam na direção do bico da lâmpada. A forma algo fantasmagórica flutuava envolta por uma aura oscilante.
Antes que Aladim pudesse sequer avaliar a situação, a forma disse com voz grave e firme:
- Sou o Gênio da Lâmpada, e você tem direito a um desejo.
Recobrando-se, Aladim compreendeu logo a situação e, sem questionar porque era um só desejo, já ia dizendo algo quando o Gênio continuou:
- Mas há três condições.
Três condições? Onde já se viu gênio ter condições para atender desejos? Aladim continuou ouvindo.
- Primeira condição: o que quer que você deseje, deve se realizar antes em sua mente.
Aladim já ia perguntar o que isto queria dizer, mas o Gênio não deixou:
- Segunda condição: o que quer que você deseje, deve desejar integralmente, sem conflitos. Desta vez Aladim esperou.
- Terceira condição: o que quer você deseje, deve ser capaz de continuar desejando para continuar a ter.
Aladim, ansioso por dizer logo o que queria, fez o primeiro desejo assim que pôde falar:
- Eu quero um milhão de dólares!
- Já se imaginou tendo um milhão de dólares?
Aladim agora entendera o que queria dizer a primeira condição. Na mesma hora vieram à sua mente imagens de si mesmo nadando em dinheiro, comprando muitas coisas, Mas ao se imaginar, questionou-se se teria que compartilhar parte do dinheiro com pobres ou outras pessoas. Aí entendeu a segunda condição, e percebeu que seu desejo não poderia ser atendido.
Aladim então buscou então algum desejo que poderia ter sem conflitos. Pensou, pensou, buscou e por fim disse ao Gênio:
- Senhor Gênio, eu quero uma companheira bela, sábia e carinhosa. Aladim tinha se imaginado com uma mulher assim e sentiu que aquilo ele queria de verdade, sem qualquer conflito.
O Gênio fez um gesto e de sua mão saiu um feixe de luz esverdeada na direção do coração de Aladim. Este teve uma alucinação, como um sonho, de estar vivendo com uma mulher bela, sábia e carinhosa por vários anos. E viu-se então enjoado, não a queria mais depois de tanto tempo. Voltando à realidade, Aladim lembrou-se das cenas e viu que aquele desejo também não poderia ser atendido. Entristeceu-se, pensando que jamais poderia querer e continuar querendo algo sem conflitos.
Algo aparentemente aconteceu. O rosto de Aladim iluminou-se, e ele se empertigou todo para dizer ao Gênio que já sabia o que queria.
- Sim? O Gênio foi lacônico. Aladim completou, em um só fôlego: 
- Eu desejo que você me dê a capacidade de realizar os desejos que eu imaginar em minha mente sem conflitos!
Algo inesperado aconteceu: o Gênio foi se soltando da lâmpada, formaram-se duas pernas completas no seu corpo e ele desceu devagar até finalmente apoiar-se no chão, em frente a Aladim, que o olhava com um ar interrogador.
- Obrigado, disse o Gênio, sorridente. Estava escrito que eu seria libertado quando alguém pedisse algo que já tivesse!”

Napoleon Hill é autor do livro: Quem pensa enriquece. A obra fala sobre sonhos, desejos e atitudes, indo além de ganhos financeiros puramente. Diferente das propostas milagrosas de alguns autores, Hill propõe alguns princípios dos quais destaco 5:

1 Desejo: implica querer ardentemente um objetivo, objetivo este específico, com prazo e plano definido para conquistá-lo. É ter determinação e propósito claro.
2 : para ele, fé é um estado de espírito que pode ser induzido ou criado pela afirmação ou repetição de instruções ao subconsciente, empregando-se o princípio da auto-sugestão. Você é aquilo que acredita ser, isto reflete nos seus relacionamentos, resultados e desejos.
3 Conhecimento: conhecimento só faz sentido quando voltado para algo definido, quando conseguimos organizar tais informações a aplicar de forma efetiva. Conhecimento não envolve apenas os “conhecimentos técnicos”, mas também o conhecimento de si mesmo: desenvolver de dentro para fora, ser para depois fazer e ter.
4 Planejamento organizado e persistência: a realização dos seus sonhos e objetivos dependem da qualidade dos seus planos e dos aprendizados ao longo do percurso. Ninguém está derrotado até que desista – em sua mente.
5 O cérebro: para Hill, seus pensamentos, sejam eles bons ou ruins, atrai seu equivalente físico. Suas crenças, filtros e mapas mentais impactam em como você vê e define a realidade.

O que os ramos da Psicologia e Napoleon Hill têm haver com o Coaching? Utilizo a celebre frase atribuída a Albert Einstein para responder:

 “Insanidade é continuar fazendo a mesma coisa e esperar resultados diferentes.” Isto implica mudar a forma de pensar, o que o coaching tem chamado de mindset (ou modelo mental).

Pensamentos geram sentimentos. Sentimentos geram comportamentos. Comportamentos por sua vez geram hábitos e resultados.

Nota: em outro post falo sobre o livro Quem pensa enriquece de Napoleon Hill.

Referências

Napoleon Hill. Quem pensa enriquece. Editora Fundamento. 2009.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Amor como ponte para o perdão


Certa vez, em um dos cursos de coahing do qual participei, presenciei o relato de uma das alunas sobre a relação dela com o pai. Foi um relato emocionante sobre a sensação dela de se sentir distante do pai, bem como a distância emocional, física e psicológica entre o dois. Havia ali muita dor, sofrimento e tristeza “por ela não ter a atenção, o carinho, o diálogo e o conforto emocional do pai”. Na minha frente e da turma toda, havia uma mulher bem sucedida que naquele momento só queria se reaproximar do pai, perdoar e se perdoada, amar e ser amada para se sentir plena na sua jornada pela felicidade. Ela ali, na frente de todos, estava buscando alternativas e ações por meio do coaching para dar o primeiro passo.

Eu fiquei refletindo, confesso, sobre meus próprios relacionamentos (os mais significativos) e me perguntando quais “passos deveria dar para amenizar alguns conflitos, quem eu deveria perdoar para me reaproximar efetivamente, com quem eu talvez fui duro nas palavras e se distanciou de mim sem eu perceber, quem talvez tivesse buscando meu perdão”, enfim, fazer o exercício do perdão para com outro e sobretudo, comigo mesmo. Aceitaria fazer esse exercício também meu caro leitor?

As palavras da minha amiga me fizeram lembrar da parábola intitulada: Construa Pontes e não barreiras

Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia mudado. O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta.
- Estou procurando trabalho, disse ele. Talvez você tenha algum serviço para mim.
- Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu vizinho. Na realidade do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta.
- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos.
O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade.
O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro.
Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de cerca, uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens do riacho.
Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:
- Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei.
Mas as surpresas não pararam ai. Ao olhar novamente para a ponte viu o seu irmão se aproximando de braços abertos. Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio.
O irmão mais novo então falou:
- Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse.
De repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, chorando no meio da ponte. O carpinteiro que fez o trabalho, partiu com sua caixa de ferramentas.
- Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você.
E o carpinteiro respondeu:
- Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir...

A história da minha amiga não é um caso isolado. Conheço pais que estão há anos sem conversar com um dos filhos. Há também filhos e pais convivendo juntos, mas que não se falam e nem lembram mais há quanto tempo isso ocorre. Há irmãos que estão brigados a tanto tempo que nem se lembram mais dos reais motivos da discórdia. Há também aquele casal que jurou amor eterno e que hoje brigam constantemente envolvendo, inclusive, a saúde emocional e psicológica do único filho pequeno. Os exemplos são inúmeros. Você conhece algum caso desses?

Amor, levando em consideração alguns dos possíveis conceitos, significa “sentimento que predispõe a desejar o bem de alguém; sentimento de afeto”. Na mitologia, fazendo menção aos estudos da psicóloga Ana Lúcia Nogueira Braz, amor está associado à vida, a união, a ordenação, ao equilíbrio dos opostos, a intermediação, a força de ligação e de coesão.

Perdão por sua vez, vem do Latim perdonare, de per (= total, completo), mais donare (=dar, entregar, doar). Ou ainda segundo o dicionário, perdão significa “remissão de pena, ofensa ou dívida; desculpa; absolvição”.

Na PsicologiaPositiva, no Coaching, na Religião, na Educação, na Medicina Integral e Holística, entre alguns outros campos do saber, é comum estudos sobre a relação do “perdão, da afeição, da prática do amor (sentido amplo) dedicada ao outro e a si mesmo como aspectos fundamentais da felicidade, da saúde e da longevidade”.

Às vezes desistimos de quem amamos e que nos faz bem, ou até mesmo perdemos muito tempo cultivando as magoas, o ressentimento e mal entendidos, sem perceber, inclusive, que estamos fazendo mal a nós mesmo. Sei que não é fácil, mas alguém tem que desarmar e com coragem dar o primeiro passo, seja por meio de uma ligação, seja por meio de uma visita, de um ato em silêncio, de uma carta ou até mesmo um email. Deixemos o passado no passado e recomecemos...!


Referências

http://pensador.uol.com.br/autor/padre_fabio_de_melo/4/





quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Um pouco do coaching

Para Villela da Matta e Flora Victoria, estes presidentes da Sociedade Brasileira de Coaching (SBC), coaching consiste em um processo  “extremamente eficiente para elevação do desempenho, o aumento da autoconsciência, o foco em resultados, a otimização das estratégias de pensamento, sentimento e decisão, bem como focar fortemente em ação de aprendizado, com melhoria contínua e consequente aumento de conquistas e resultados”.

Seus pensamentos influenciam suas emoções. Suas emoções influenciam suas atitudes (ações) e comportamentos, que por sua vez refletem seus resultados. Sobre essa perspectiva, seus pensamentos, crença e hábitos mentais impactam expressivamente no seu desempenho, isto em qualquer área.

Coaching envolve então um conjunto de procedimentos e ações pautadas em uma metodologia comprovada cientificamente, tendo portanto, início, meio e fim ao longo de um determinado tempo.

No processo de coaching, o coachee é desafiado a buscar focoprioridades, novas percepções, novos entendimentos, novas alternativas para seus dilemas, sobretudo, desenvolver o autoconhecimento e uma autoimagem positiva de modo a reunir forças em si para caminhar (agir) estrategicamente na direção dos seus objetivos e sonhos.

Coaching = processo
Coach = profissional gabaritado que aplica o processo

Coachee = cliente

"O encanto do coaching não está em sua definição técnica necessariamente, está nos resultados visíveis e positivos comportamentais gerados de quem vivencia o processo".